Ao participar do Mobile World Congress 2023, nessa segunda-feira, 27/02, o comissário da indústria da União Europeia, Thierry Breton, refutou a ideia que a consulta pública lançada pela entidade, e que receberá contribuições até o dia 23 de maio, para a questão do financiamento de redes 5G e banda larga no futuro, seja, simplesmente, para acirrar a batalha entre OTTs e teles.

"Essa é uma questão binária. Eu não vejo assim. Entendo que é preciso encontrar um modelo justo para o enorme investimento em infraestrutura que está e precisará ser feito. No fundo, o que eu quero é garantir que até 2030, os cidadãos e as empresas da Europa tenham acesso a gigabit rápida e confiável", afirmou.

Antes da sua apresentação, a CEO da Orange,Christel Heydemann, disse que havia um sério risco de 45 milhões de europeus não terem acesso ao mundo de gigabits em 2030. "Se os investimentos (das teles) não forem remunerados, não teremos como fazer mais e nós somos os responsáveis por construir o futuro", preconizou.

Breton admitiu ainda que a regulamentação da Europa precisa ser adaptar à evolução da infraestrutura. "As operadoras estão mudando suas redes e eu acho que não estamos aproveitando o potencial do nosso mercado único", completou.