Prover conteúdo sob demanda pela internet está em alta para as empresas de internet. De acordo com Pablo Martines, diretor da Playhub, a procura tem se intensificado e que entrar nesse segmento pode ser alternativa atraente para os provedores de internet incrementarem receitas e fidelizarem os clientes.
“A fibra ótica nos últimos tempos virou commodity e provedores têm de se diferenciar da concorrência. Eles têm procurado muito o serviço de OTT para chamar a atenção do consumidor final”, apontou Martines. Com isso, acrescentou, eles trazem mais valor para o plano. “Hoje, o consumidor tenta consumir a internet mais barata e com aplicativo consegue levá-lo a ter planos de internet mais altos e aumenta o tíquete médio”, disse.
Hoje, a Playhub fornece para cerca de cem ISPs e, somando as bases de todos eles, chega a 1 milhão de assinantes. “A demanda tem sido bem grande. Eles estão procurando a Playhub para se diferenciar em relação à concorrência, reter assinantes e aumentar tíquete médio”, disse Martines.
A Playhub é uma distribuidora de conteúdo em filmes, séries, documentários, canais infantis e entretenimento. O catálogo OTT, que inclui Paramount+, Cartoon Network App, Noggin, Champions League integrado ao Estádio TNT Sports, Hube Revistas e Flui, é oferecido por meio de aplicativos para mobile e Smart TV e podem ser consumidos on demand de acordo com os interesse dos assinantes.
Com relação à expansão da oferta, Martines afirmou que há conversas com a Netflix. “Conversamos com todos eles, mas as negociações com os programadores são demoradas, levam, em média, seis meses”, destacou, acrescentando que o portfólio inclui também revistas, Deezer e vão entrar aplicativos da própria Playhub.
Conforme novos contratos são fechados, o conteúdo fica à disposição dos provedores. É o que acontecerá com HBO Max. Cabe a cada um dos provedores de internet fazer seu modelo de negócios em cima da grade. Segundo Martines, o catálogo de conteúdo da Playhub pode ser implementado sem investimentos em headends e set top boxes, o que reduz os custos para o time to market da operação dos provedores de internet no mercado de streaming.
Enquanto o mercado de TV por assinatura vem caindo, o de OTT cresce. “Os consumidores vão substituir TV linear por OTT; é tendência'', apontou. Questionado sobre o modelo de TV paga para ISP, o diretor da Playhub explicou que o modelo não foi muito para frente, principalmente, devido ao custo de programação com a necessidade de comprar os canais.
A expectativa de Pablo Martines, diretor da Playhub para os próximos anos é que os estúdios que têm canais lineares consolidem os canais on demand OTT, o que deixará o aplicativo da Playhub mais maduro.
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