O mercado global de Web3 valia cerca de US$ 3,2 bilhões em 2021 e deve continuar crescendo. Enquanto caminha para a popularidade, Web3 deve promover mudanças em políticas, um aumento no uso de mídias sociais descentralizadas, maior tokenização de ativos e um uso cada vez mais popular da tecnologia blockchain. É isso, pelo menos, o que apontou, em um texto publicado no blog do Fórum Econômico Mundial, Samantha Weinberg, especialista em projetos, aceleradora de impacto cripto e sustentabilidade do Fórum Econômico Mundial.
Segundo ela, existem muitas maneiras de definir Web3, mas fundamentalmente é uma internet descentralizada, de propriedade de construtores e usuários, baseada em blockchain.
No artigo, a especialista apontou quatro impactos que devem ser observados. A mudança do cenário político é um deles, já que houve muita discussão sobre regulamentações e abordagens políticas para o setor Web3 ao longo de 2022. “Em 2023, é provável que isso continue com políticas mais concretas tomando forma globalmente. Nos EUA, 2022 foi um ano de reflexão, pesquisa e debate sobre como seria a política da Web3. Em 2023, é provável que os resultados da ordem executiva do presidente Biden sobre ativos digitais e os avanços contínuos na legislação criptográfica no Congresso avancem para uma estrutura política mais clara”, escreveu.
A ascensão da mídia social descentralizada é outro aspecto, visto que a descentralização é um dos pilares críticos da Web3. “A ideia de que não haverá intermediários gerenciando as coisas na internet como temos agora com a grande tecnologia. Isso provavelmente significará um aumento na popularidade da mídia social descentralizada em 2023. Já estamos vendo o início disso, à medida que os usuários ingressam em plataformas como o Mastodon”, destacou, ressaltando que, embora o Mastodon não seja baseado na tecnologia blockchain, ele deve ser descentralizado e operar em um modelo federado. Isso poderia abrir a porta para outras plataformas baseadas em blockchain, como Lens Protocol ou Minds.
O terceiro ponto é o aumento da tokenização de ativos, permitindo que quase qualquer ativo do mundo real tenha uma representação digital em um blockchain. “O aumento do uso de tokenização tem o potencial de revolucionar os mercados financeiros e a maioria dos setores. 2023 verá aumentos contínuos no uso de tokenização, especialmente à medida que mais players tradicionais, como BlackRock e Goldman Sachs, exploram suas possibilidades”, escreveu. Isso pode impactar os mercados financeiros, mas também outros setores com ativos viáveis para digitalizar, como imóveis e entretenimento.
Por fim, ela apontou a expansão dos casos de uso convencionais, à medida que a tecnologia amadurece, levando a um número crescente de casos de uso concretos além daqueles que atualmente entusiasmam os primeiros usuários. “Isso será incentivado por grandes empresas que já começaram a explorar o Web3, como a Starbucks, que anunciou seu novo programa de recompensas baseado em NFT Starbucks Odyssey em 2022. Além de empresas tradicionais que incorporam o Web3 em seus negócios, casos de uso nativos do Web3 como Helium também continuará a ganhar força”, finalizou.
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