Mais da metade dos domicílios não têm acesso à internet

26 de junho de 2014

por Roberta Prescott

Metade dos brasileiros são usuários de internet, mas o acesso à rede mundial de computadores está presente em somente 43% dos domicílios do País. Foi isto que revelou a pesquisa TICs Domicílios 2013, realizada pelo Cetic.br. De acordo com os resultados, 85,9 milhões (51%) dos brasileiros podem ser considerados usuários da internet — o estudo considerou aqueles indivíduos que usaram a internet pelo menos uma vez nos três meses anteriores à entrevista. O crescimento é alto, se comparado com o ano de 2008, quando a penetração era de 34%. A pesquisa não inclui crianças com idade abaixo de 10 anos. No entanto, o fato de menos da metade dos lares — e a maioria pertencente às classes sociais C, D e E — não possuir acesso à internet representa uma oportunidade de negócio para os provedores de acesso à internet. A pesquisa revelou que, em 2013, 27,2 milhões de domicílios tinham acesso à internet, um porcentual de 43%, superior aos 18% registrados em 2008. A classe A ainda é a que apresenta maior porcentual de lares com acesso à internet: são 98%. Na classe B, a penetração é igualmente alta (80%). No entanto, menos da metade das casas da classe C possuem acesso (39%) e apenas 8% dos domicílios das classes D/E têm internet.   O crescimento da população com acesso à internet virá das classes C, D e E. Em 2013, enquanto a classe A tinha 97% de seus membros como usuários da internet e a classe B somava 78%, na classe C eram 49% e nas D/E, apenas 17%. No total, 49,9 milhões de pessoas cuja renda familiar é de até dois salários mínimos não são usuárias de internet. Para conseguir vender para este perfil de público, uma das questões principais é o acertar a oferta para o tipo de demanda específica. Por exemplo, para quem tem renda até três salários mínimos, custo elevado ou falta de condição para pagar o acesso é o principal motivo para não ter internet, seguido de falta de disponibilidade do serviço e falta de interesse ou necessidade. Aqueles que têm acesso usam a internet principalmente para navegar nas redes sociais e enviar mensagens instantâneas. Entre os usuários que ganham até três salários mínimos, a maioria utiliza a banda larga fixa, com predominância da conexão via cabo (de 30% a 34%, dependendo da faixa salarial).     >

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