Provedor de Cerquilho Fasternet leva IPv6 para a casa do cliente

04 de julho de 2014

por Roberta Prescott

Enquanto se discute a importância e urgência de se adotar o novo protocolo de internet, o IPv6, que substituirá o padrão IPv4, há provedores tomando a dianteira. Um exemplo vem do interior de São Paulo, mais precisamente de Cerquilho. Desde janeiro deste ano, a Fasternet, provedor de acesso à internet que, atualmente, cobre 20 municípios da região, trabalha para distribuir para seus clientes roteadores D-Link que suportam o novo padrão IPv6.  A fase de levar IPv6 para a casa do cliente ocorreu após o provedor ter migrado sua rede para o novo protocolo. “Queríamos nos adiantar ao problema inevitável, que é a falta de endereços IPv4”, relata Eric Val, diretor de TI da Fasternet. Para isto, ele conta que os funcionários fizeram cursos no NIC.br para aprender os conceitos, boas práticas e como funciona o IPv6. “É como todo mundo fala: quem deixar para depois vai pagar caro.”  Até agora, 5 mil de seus 30 mil clientes residenciais e empresariais já contam com os roteadores Wi-Fi que suportam IPv6. A migração está ocorrendo de forma gradativa e atendendo primeiro às novas ordens de instalação e à troca de equipamento de cliente antigo.  Apesar de o provedor estar à frente da concorrência, Val afirma que o cliente final ainda não entendeu o problema da falta de endereços IPv4 e por isto a implantação de roteadores IPv6 não teve ainda impacto significativo.  Para a adoção dos novos roteadores, Eric Val relata que não houve investimentos adicionais, já que se tratou mais de uma adequação. Ou seja, a empresa teria de comprar roteadores de qualquer maneira para entregá-los no modelo de comodato aos clientes. Mudança na infraestrutura Levar IPv6 para o cliente final é consequência de um trabalho iniciado em meados de 2012, quando o provedor começou a trocar a sua infraestrutura em rádio por redes Metro Ethernet. Nessa fase, a empresa identificou a necessidade de solicitar equipamentos que suportassem o IPv6 para deixar a rede preparada.  O passo seguinte foi levar a nova versão para os clientes e, assim, se prevenir de futuros problemas decorrentes do esgotamento da versão 4 — no dia 10 de junho 2014, três anos após a Ásia e quase dois anos após a Europa, acabou o estoque de endereços IPv4 não alocados na região do LACNIC — América Latina e Caribe.   A mudança da infraestrutura foi necessária para que o provedor de internet conseguisse entregar velocidades mais altas. “Hoje, vendemos 15 megas a R$ 94, o que é bastante competitivo. Via rádio, nós não conseguiríamos entregar esta velocidade”, conta Val. A Fasternet ainda usa rádio para atender às áreas rurais, onde não consegue chegar por via terrestre.    O diretor de TI conta que o provedor está, neste momento, começando a chegar com rede de fibra ótica à casa do cliente, o que vai ocorrer de maneira gradativa e à medida que os clientes optarem pela nova tecnologia. Hoje, os clientes atendidos com a rede Metro Ethernet já representam 60% da base. A Fasternet atua desde 2001 e possui licença Serviço de Comunicação Multimídia – SCM.

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