Internet na China: sites bloqueados e WiFi público aberto

29 de setembro de 2014

por Roberta Prescott

Internet na China: sites bloqueados e WiFi público aberto
Assim como em outras metrópoles do mundo, no metrô de cidades chinesas, jovens assistem a filmes em seus tablets e smartphones. A diferença é que eles não acessam o YouTube. Com 1,35 bilhão de habitantes em 2013 e 654,4 milhões de usuários de Internet (um número que não para de crescer — veja as estatísticas neste site), o gigante asiático tornou-se conhecido por censurar o acesso a diversos sites. O mais recente deles foi o Instagram, bloqueado após de protestos em Hong Kong no último fim de semana. A proibição à rede social de fotos soma-se ao bloqueio ao Facebook e Twitter. Dos serviços do Google, apenas o Gmail funciona, mas tão lento que seu uso é desincentivado. Já se quiser usar a mesma empresa americana para fazer alguma pesquisa no mecanismo de buscas, esqueça, pois ele não abre. A alternativa é usar o concorrente chinês Baidu, com a desvantagem de muitos resultados aparecerem em mandarim.  Foi graças a esta muralha digital que a China permitiu o desenvolvimento e fortalecimento de redes sociais usadas basicamente por chineses como o Weibo e QQ. E a população está engajada. Quando não estão vendo filmes, muitos chineses estão trocando mensagens por WhatsApp, Viber ou WeChat, aplicativos liberados e bastante populares na China, ou atualizando seus perfis principalmente no QQ. Apesar da censura, a Internet vem se desenvolvendo rapidamente na China — e fomentando cada vez mais o mercado interno. Nas ruas, há diversas redes públicas, algumas gratuitas, de Internet sem fio. Para ter acesso, normalmente, é solicitado para inserir o número de telefone chinês e uma senha é envidada por SMS para liberar o acesso ao WiFi. Esta ampla rede cobre diversas cidades e está presente nos principais centros de aglomeração de pessoas. Para os turistas estrangeiros sem chip local, fica impossível acessar, porque o sistema não envia mensagem para linhas internacionais. Mesmo em lojas popularmente conhecidas por fornecer a seus clientes WiFi grátis, como o Starbucks e a Apple, vigora este mesmo sistema para a liberação do acesso à Internet. A ChinaNet é uma das redes de Internet sem fio mais amplamente instalada. Tem cerca de 1 milhão de hotspots em 250 cidades, incluindo Pequim, Xangai e Guangzhou, e aeroportos. Apesar do bloqueio governamental, acessar Facebook, YouTube ou Twitter e fazer uma pesquisa no Google não chega a ser uma tarefa tão difícil, pelo menos para quem estiver disposto a pagar por uma rede privada virtual (VPN). Este recurso, usado principalmente por estrangeiros, tende a funcionar bem, mas é preciso ficar antenado. Isto porque o governo chinês também estaria monitorando estes sistemas a fim de bloqueá-los.       Para saber quais sites estão bloqueados na China, acesse https://www.comparitech.com/privacy-security-tools/blockedinchina/

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