De olho no FINAME, Furukawa aposta na nacionalização; prevê aumento nas vendas líquidas

03 de outubro de 2014

por Roberta Prescott

De olho no FINAME, Furukawa aposta na nacionalização; prevê aumento nas vendas líquidas
A Furukawa está trabalhando para aumentar o escopo de equipamentos nacionalizados com objetivo de permitir que seus clientes tenham acesso a incentivos governamentais, como o FINAME e o cartão BNDES. “As operadoras pequenas precisam de financiamento. Com tecnologia nacional nossos produtos são elegíveis às linhas de financiamento do governo”, explicou o presidente da companhia para a América Latina, Foad Shaikhzadeh. Liberado em 2014, a linha de crédito FINAME já contempla cabos de fibra ótica da Furukawa, oferecendo financiamento com taxa de 4% e prazo de 96 meses no limite máximo de R$ 1,5 milhão por beneficiária. De acordo com a empresa, cerca de 150 projetos foram apresentados no BNDES, com pouco mais de 40 sendo aprovados, totalizando 4 mil km de cabos fornecidos. Além dos cabos e componentes atuais já fabricados no Brasil, a Furukawa anunciou que, até o fim de 2015, pretende nacionalizar equipamentos de G-PON e E-PON. Já a fabricação de cabos multipar (cabo telefônico convencional) será interrompida. A explicação foi o alto número de fabricantes para pouca demanda. “Precisamos de espaço na fábrica para expansão. Nossa aposta é no mundo todo fibrado.” O grupo japonês também escolheu a América Latina para começar a trabalhar a integração de suas várias tecnologias, com os componentes que asseguram maior velocidade na instalação de fibra ótica. “No Brasil, as condições são estáveis e o volume está crescendo, então, será o primeiro mercado”, destacou o presidente. Sobre a expansão para os países vizinhos, o executivo adiantou que a fábrica na Colômbia, que hoje só produz cabos, passará fabricar acessórios. A Argentina também está em avaliação, mas Shaikhzadeh salientou que o atual momento daquele país não permite fazer investimentos desta natureza.   Expectativas A Furukawa planeja fechar este ano com vendas líquidas de R$ 638 milhões, graças principalmente à exportação. Em 2013, o montante foi de R$ 610 milhões. No plano trienal, contando com a operação plena na Colômbia, a meta é chegar à casa dos R$ 800 milhões com venda líquida no fim de 2017. “Imaginamos que mercado brasileiro vai voltar a crescer e que a demanda que se reprimiu neste ano vai acontecer no ano que vem, porque ela existe”, comentou Foad Shaikhzadeh. Entre os mercados mais atingidos dentro da Furukawa, o setor elétrico, que representava 15% do volume de cabos óticos, caiu para 5% em 2014. Mas a expectativa da empresa é que volte ao patamar anterior.  A jornalista viajou a Foz de Iguaçu para cobrir o Broadband Conference Trade Show a convite da Furukawa.

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