Características de cada ISP vão dizer se é melhor usar CGNAT ou implantar IPv6 de uma vez

13 de maio de 2015

por Roberta Prescott

Os provedores de internet devem fazer uma análise crítica do perfil de seus usuários e de sua estrutura para decidir como fará a implantação do IPv6. Na visão de Antonio Moreiras, do NIC.br, os ISPs devem avaliar os dois caminhos simultaneamente: usar CGNAT ou já partir para adoção de IPv6. Se optar pela adoção da nova versão do protocolo Internet, é importante ter em mente que o provedor terá de seguir provendo também o IPv4. “Não dá para entregar apenas IPv6 para os usuários, porque ele não vão acessar muitos conteúdos, como o site da Receita Federal, sites de comércio etc.”, destacou. De acordo com ele, as grandes operadoras estão usando CGNAT, mas, para diminuir o tamanho dos logs, estão pré-alocando um número determinado de portas. Durante sua apresentação na 1ª Conferência Abranet, realizada nesta semana em São Paulo, Moreiras disse que a implantação de IPv6 segue lenta no Brasil, mas, aos poucos, avança.   A reserva técnica do IPv4 mais cedo ou mais tarde vai acabar totalmente — para algumas situações acabou mesmo.  Por exemplo, enquanto para algumas empresas, como um provedor pequeno, um /22 pode ser suficiente para provedores de médio ou grande porte isto não é nada. Um avanço está vindo com o compromisso das operadoras de ter 100% dos novos usuários domésticos nos grandes centros urbanos até fim deste ano em IPv6. Moreiras destacou que Vivo, NET e GVT estão à frente da implantação, o que contribuiu para aumentar de 0,1%, em janeiro, para 1,2% dos usuários totais da Internet navegando em IPv6. “O porcentual é baixo, mas está subindo”, pontuou Moreiras. A adoção do IPv6 vai acontecer mais cedo ou mais tarde, uma vez que o crescimento da Internet, principalmente com a entrada da internet das coisas, não se sustenta somente com o IPv4 compartilhado. “O único caminho é migrar para IPv6 e vemos que isto está acontecendo.

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