Iniciativa NETmundial dá primeiros passos rumo a novo modelo de governança da internet

30 de junho de 2015

por Roberta Prescott

Iniciativa NETmundial dá primeiros passos rumo a novo modelo de governança da internet
O Conselho de Coordenação da Iniciativa NETmundial (ou NMI, de NETmundial Initiative) se reuniu nesta terça-feira, 30/06, em São Paulo, a fim de estabelecer mecanismos de trabalho e próximos passos. “Este é o início de um novo começo, estamos entrando em novo território”, disse professor Wolfgang Kleinwächter, embaixador Especial da Iniciativa NETmundial, em entrevista à Abranet, nesta terça-feira. “Este encontro marca um próximo passo no melhor entendimento no espaço cibernético.” Tudo que foi feito até agora dentro da iniciativa foi um trabalho preparatório para definir termos de referência.  Entre os objetivos, as delegações devem decidir qual a plataforma será usada para receber os projetos de melhores práticas. A expectativa é que se opte pela evolução do modelo usado no evento NET Mundial, que ocorreu em São Paulo no ano passado e foi o pontapé para o desenvolvimento da NMI em âmbito global. A plataforma para cadastro de projetos e comentários está na versão beta.      Os projetos devem abranger estudos de casos e iniciativas que abordem o desenvolvimento da Internet, a construção de capacidade, a clarificação de problemas legais, entre outros temas.  “A NMI não é evento, nem associação e nem showroom. É uma plataforma para apresentar resultados que ajudam a desenvolver a Internet, principalmente me países em desenvolvimento”, explicou o professor Hartmut Glaser, que também é secretário-executivo do CGI.br. Durante o encontro em São Paulo, o CGI vai tentar evangelizar o modelo multissetorial que o Brasil usa para outros países e também mostrar como reduziu os spams.  A importância da iniciativa decorre da evolução da Internet. “Com os atuais 4 bilhões de pessoas conectadas, problemas de políticas começaram a aparecer como, por exemplo, quem deve governar a Internet. Não deveria ser uma grande unidade ou governo, mas incluindo as múltiplas partes interessadas”, explicou Kleinwächter. Para ele, o advento da computação em nuvem e da Internet das Coisas impõe novas questões sobre privacidade, liberdade de expressão e segurança, que devem ser debatidas.  Além destes tópicos, Glaser acrescenta a necessidade de se debater a inclusão digital, por meio, entre outros, de linhas de equipamentos subsidiados. 

leia

também