Senado adia votação da desoneração

14 de julho de 2015

por Redação Abranet

A votação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 57/2015, que que reverte a política de desonerações da folha de pagamento, deve ficar para mais tarde. Nessa segunda-feira (13/7), o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse, em Plenário, que a votação da matéria não pode ser apressada. De acordo com a Agência Senado, após a manifestação de Calheiros, o líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), fez uma proposta para garantir a aprovação do texto. A intenção é votá-lo antes mesmo do recesso parlamentar, ou seja: nesta semana. Para Delcídio, o Senado poderia aprovar o texto como veio da Câmara e o governo elaboraria uma medida provisória com possíveis alterações. Outra opção seria aprovar o texto agora e criar uma comissão especial no Senado para discutir, em 45 dias, outro texto sobre o assunto. Delcídio recebeu o apoio do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). O líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), disse que seu partido é contrário à votação da matéria de maneira apressada, antes do recesso. Para ele, a preocupação do governo com as contas deveria ter vindo antes das eleições e não agora. Já o líder do PSDB, o senador Cássio Cunha Lima (PB) lembrou que as empresas fizeram um planejamento financeiro com base nas desonerações e que, agora, o governo gera insegurança com a medida. A redução da desoneração da folha salarial faz parte do plano de ajuste fiscal elaborado pelo governo. O ministro da Fazenda, Joaquim  Levy, foi contra estabelecer exceções, mas os deputados acabaram mantendo a desoneração para quatro setores: empresas telecomunicações, transporte, call center e de calçados. A estimativa é de que o fim da desoneração aumente a arrecadação do governo em R$ 1 bilhão por mês.

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