Legislação precisa contemplar outras formas de uso do espectro, defende Intervozes

17 de julho de 2015

por Roberta Prescott

Os desafios para o desenvolvimento da Internet no Brasil foram debatidos no V Fórum da Internet no Brasil e Pré IGF Brasileiro 2015, evento realizado pelo CGI.br, entre 15 e 17 de julho, em Salvador (BA). Para Veridiana Alimonti, do Coletivo Intervozes, a legislação tem de contemplar outras formas de uso do espectro para que a Internet chegue a lugares onde TV e rádio chegam, mas Internet não.  “É preciso pressionar o governo para, por exemplo, o receptor da TV digital venha com Wi-Fi; para termos a real convergência dos meios”, afirmou. Veridiana Alimonti também defendeu que a atual legislação de espectro é obsoleta.  Marcelo Portela Sousa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, o espectro é mal utilizado ultimamente. Portela defendeu uma alocação dinâmica do espectro permitindo a existência de redes cognitivas.  Os desafios para conectar o próximo bilhão passa por vencer a barreira do custo, tanto do acesso à Internet como dos dispositivos. Em sua fala, Virgílio Almeida, secretario de políticas de informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e coordenador CGI.br, destacou que é preciso colocar em prática muitas das ações para fazer com que futuro digital chegue de forma mais igualitariamente à toda sociedade.  “O Governo está trabalhando para a redução dos custos dos equipamentos por meio da diminuição de impostos para quem fabrica equipamentos no País. Eles ainda são caros, mas com mais fabricantes conseguiremos aumentar a competitividade e reduzir o custo”, disse. “É preciso fortalecer a indústria de hardware e software no Brasil.” Além da redução do custo dos serviços, é necessário, na visão do secretário, criar conteúdo que faça sentido a todas as pessoas. “Muita gente não participa, porque não vê relevância em usar os serviços digitais”, defendeu. “O Governo está trabalhando para a construção de um ambiente de economia digital”, afirmou, citando como ponto estratégico a aceleração do Plano Nacional da Banda Larga. Outra iniciativa destacada foi o Programa Amazônia Conectada, que visa a levar a Internet à região por meio de cabos óticos.   

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