Presidente da Anatel insiste que preços do leilão de sobras são atraentes para os provedores Internet

26 de novembro de 2015

por Redação da Abranet*

A apresentação das propostas para o leilão de sobras de radiofrequência está agendada para o dia 10 de dezembro e os provedores Internet se mobilizam paa saber se é possível ou não participar do processo de licitação. A Anatel defende que os preços estão atrativos  - em 4,3 mil municípios os valores estão abaixo de R$ 10 mil ou R$ 15 mil, com três anos de carência, sete anos para pagar e 3% de juros ao ano. Essas condições não serão encontradas em nenhum banco, nem no BNDES, disse o presidente da Agência, João Rezende, em evento realizado em Brasília.Segundo especialistas, os preços estão, de fato, interessantes, mas há uma dificuldade relevante: transformar a compra do espectro num negócio sustentável. “Os preços estão baixos, mas não quer dizer que fique mais barato. Só em 258 municípios os 35 MHz custam mais de R$ 100 mil. Mais importante que o valor da faixa é o modelo de negócios. Estamos falando de investimentos de rede que vão de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões”, salientou o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude.O próprio Tribunal de Contas da União registrou essa ressalva ao dar o sinal verde para o leilão. “Considerando que para a maioria dos blocos TDD, tanto no serviço SCM como SMP, os projetos se mostraram inviáveis conforme a modelagem utilizada pela Agência, para esses lotes foi utilizado como preço mínimo o valor calculado do Preço Público pelo Uso de Radiofrequência.”Ressalte-se que a conta considera um ‘novo entrante’. Mas o foco real está em pequenos e médios empresários que estão no negócio de provimento de acesso. “São empresários que já tem noção do que é o mercado e vão buscar a melhor forma de negócio. Nessa faixa será possível explorar outros serviços que não só banda larga, como voz sobre IP”, sustentou ainda presidente da Anatel, João Rezende. As faixas permitem a exploração de serviços com 4G, mas construir redes LTE implicam em custos significativos e há a possibilidade de consórcios entre os provedores. *Com informações do portal Convergência Digital

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