O que esperar para 2016? Conheça as previsões de diversos especialistas

18 de dezembro de 2015

por Roberta Prescott

O ano de 2015 foi classificado por muitos empresários como desafiador. Por trás do adjetivo que tenta resumir o período, existe a constatação de que, mesmo levando em consideração os sinais da crise, as empresas, em geral, foram pegas desprevenidas. Ao elaborar o planejamento de negócios, ainda em 2014, não estava evidente, por exemplo, o salto que a cotação do dólar daria e nem a subida no preço da energia elétrica — segundo a última estimativa divulgada pelo Banco Central, em outubro, o aumento pode chegar a 51,7%. Assim, a situação que enfrentariam em 2015 foi subdimensionada.  A boa notícia é que, se antes o cenário não estava nítido, agora tudo parece estar mais claro. Embora que os indicadores macroeconômicos apontem para uma lenta retomada do crescimento — a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) apresente taxa negativa, na casa de -3%, em 2015, e não seja positivo em 2016— é muito mais fácil planejar as ações e elaborar uma estratégia diante de informações mais assertivas. Ademais, apesar da retração, a previsão dos analistas de mercado é de crescimento para o setor de tecnologia da informação e comunicação. As taxas, contudo, serão mais baixas quando comparadas aos anos anteriores.  “2015 foi um ano difícil, os aumentos de custos pegaram todos desprevenidos. Entramos em 2016 com este mesmo panorama, com dólar mais alto e energia na bandeira vermelha, mas isto será planejado para ano que vem, pois estes custos já são conhecidos”, diz Gil Torquato, CEO do UOLDIVEO. “O que nos atrapalhou neste ano, para o setor em geral, foi justamente a surpresa muito abrupta [do dólar e energia]. Não foi suave ou que tivesse perspectiva de aumento; foi de forma radical e pegou de calça curta, isto sem contar inflação.”  Fernando Ferrari Filho, professor titular na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, explica que a dinâmica de preços sofreu alguns choques em 2015: cambial e de reajuste de preços públicos e administrados. “Os reajustes de energia elétrica e de combustíveis e a desvalorização cambial impactaram, respectivamente, cerca de 1,8% e 2,0% na inflação. Assim, se neste ano tivermos uma inflação de 9,85% (última previsão do mercado), 3,8% decorrem de tais choques. Para 2016, como as perspectivas de choques de preços são baixas e a economia continuará em recessão, a inflação deverá cair para 6,5%”, assinala.    Leia a reportagem na íntegra na edição 15 da revista Abranet.

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