Votação da CPI dos Crimes Cibernéticos é adiada

03 de maio de 2016

por Roberta Prescott

Depois da reunião desta terça-feira (3/5) da CPI dos Crimes Cibernéticos, a votação do relatório final foi mais uma vez adiada. A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), remarcou a votação para quarta-feira (4/5), às 9h, devido ao início da Ordem do Dia do Plenário. A reunião foi marcada por críticas à decisão judicial que suspendeu o aplicativo de mensagens WhatsApp para todos os brasileiros alegando que o Facebook, dono do app, mais uma vez não colaborou com a Justiça. De acordo com o portal Convergência Digital, os integrantes da CPI sustentaram tratar-se de uma medida desproporcional ao prejudicar milhões em nome de um crime específico. Mas, logo em seguida, vários dos parlamentares que lamentaram o bloqueio do app, defenderam incluir na legislação a permissão para que isso seja feito. O relatório final sugere a criação de um projeto de lei que altera o Marco Civil da Internet para possibilitar o bloqueio a conteúdos ou aplicações de internet por ordem judicial. De acordo com a proposta, um juiz poderia obrigar ao provedor de conexão bloquear o acesso a conteúdo cuja oferta seja punível com pena mínima igual ou superior a dois anos de reclusão, caso a aplicação de Internet que lhe dá suporte não possua representação no Brasil. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que foi relator do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14) na Câmara, pediu a exclusão deste projeto de lei e também do que pede alteração do Marco Civil, determinando a indisponibilidade de cópia idêntica de conteúdo reconhecido como infringente, sem a necessidade de nova ordem judicial e dá outras providências. Pelo texto, bastará uma notificação do interessado para que o conteúdo seja retirado. A Agência Câmara Notícias publicou que Molon destacou que a suspensão do WhatsApp é hoje exceção, mas se o PL for aprovado, vai virar regra. Para ele, os sites e aplicativos contendo conteúdos ilegais devem ser investigados, e não bloqueados.   Leia a íntegra da última versão do relatório aqui.

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