Tráfego durante Rio 2016 chegou a 255 TB, superando em dez vezes o da Copa do Mundo

23 de agosto de 2016

por Redação Abranet

Tráfego durante Rio 2016 chegou a 255 TB, superando em dez vezes o da Copa do Mundo
O tráfego nas redes de telefonia móvel durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 superou em mais de dez vezes o registrado durante a Copa do Mundo 2014, alcançando cerca de 255 TB ou o equivalente a 486 milhões de fotos. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (23/08) pela Agência Nacional de Telecomunicações. Para o cálculo, foi considerado o tráfego total (uplink e downlink, em 3G e 4G) durante os eventos, dividido pelo número de pessoas presentes, estimando-se o tamanho médio de foto de 550KB. Apenas no Parque Olímpico da Barra, o tráfego de dados chegou a 87 TB A agência afirmou que, antes e durante o evento, atuou contemplando medidas relacionadas ao uso eficiente do espectro, à prestação do serviço móvel e a interações com órgãos de segurança pública/defesa; e monitorou indicadores de qualidade e informações sobre tráfego e interrupções. Durante os Jogos, foram realizadas, nos locais de competição e rotas de movimentação relacionadas ao evento - como aeroportos e áreas hoteleiras - cerca de 30 milhões de chamadas de voz. De acordo com a Anatel, apesar do volume de tráfego nas redes de telecomunicações, não ocorreram interrupções na infraestrutura necessária para a realização dos Jogos e transmissão das competições e solenidades de abertura e encerramento. A agência explicou que as medições de campo foram feitas por meio de drive-tests, com uma média de 300 quilômetros por dia, e walk-tests realizados no interior das arenas onde eram realizados os jogos. Para os Jogos Olímpicos, foram expedidas 490 autorizações para o uso de 46 mil equipamentos. As autorizações de uso temporário do espectro permitiram que diversos sistemas de comunicação pudessem operar de forma organizada, evitando interferências. Quase 40 mil frequências foram autorizadas pela Agência, o que viabilizou o trabalho de equipes de reportagens, das Forças Armadas e da empresa responsável pelos sistemas de cronometragem, pontuação e placar dos Jogos. Mais de 90 mil equipamentos, como microfones e câmeras sem fio, foram licenciados para uso no período. Foram registrados 32 casos de interferências, segundo a Anatel. Os maiores desafios no período foram decorrentes de alterações de frequência de última hora; frequências usadas por aviões, para geração de imagens e comunicação; telemetria da maratona aquática e do triatlo, realizada em cooperação com a Marinha; e microfones compartilhando frequências da radiodifusão.

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