Anatel recomenda faixas de frequência para Banda S

25 de agosto de 2017

por Redação Abranet

Depois de realizar nesta sexta-feira (25/8) audiência pública, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recomendou a destinação das subfaixas de 1.990 - 2.110 MHz (Terra para espaço) e 2.180 - 2.200 (espaço para Terra), em caráter primário e sem exclusividade, para a chamada Banda S, para o Serviço Móvel Global por Satélite (SMGS). Hoje, parte da banda S é usada por redes terrestres de telefonias fixa e móvel.  De acordo com a agência, a opção privilegia a convivência entre as redes dos serviços de telecomunicações e obedece a padronização internacional.  Além disto, segundo Agostinho Linhares, os serviços adjacentes e os serviços futuros não serão impactados com essa destinação. Durante a audiência, Sergio Kern, diretor do Sindtelebrasil, solicitou a indicação dos critérios de proteção para convivência entre as redes, dizendo haver 1.600 estações de telefonia fixa que atendem a 2 milhões de usuários. Ele afirmou ser necessário avaliar os impactos dessa destinação e necessidade de reduzir eventuais interferências. Raimundo Duarte, da Claro, apoiou a proposta da Agência e falou da importância em preservar a convivência harmônica entre as redes. Ele esclareceu que a banda S corresponde a 9% de todas as estações da Claro, abrangendo 124 municípios, em todo o país, e equivale a 5% do mercado. Essa banda tem uma grande importância para nós para o fomento à competição, disse. Raimundo explicou que essa banda proporciona o acesso sem fio a algumas áreas remotas. Para ele, sem essa banda não seria possível cumprir os compromissos exigidos nos editais de licitação da Anatel. Gustavo Nader, da Echostar, empresa de satélite que detém a licença integral da banda S, também apoiou a iniciativa da Agência quanto à destinação da banda e disse que a proposta recomendada permite uma coexistência pacífica, mas demonstrou preocupação quanto à proteção dos serviços já existentes na banda.  Luciana Camargo da GSMA  também demonstrou apreensão e requereu um estudo mais amplo da Agência.  

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