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Especialistas alertam que, caso GDPR seja aplicável, empresas de internet deverão tomar as medidas cabíveis

25 de maio de 2018

por Roberta Prescott

Embora o regulamento se restrinja à União Europeia, o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) pode afetar empresas de todo o mundo. O regulamento da União Europeia 2016/679, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados e que revoga a Diretiva 95/46/CE, foi aprovado em de 27 de abril de 2016, mas as empresas tiveram até última sexta-feira (25/05) para se ajustar às regras. Evy Marques, advogada e professora de direito societário e M&A na pós-graduação da Escola de Direito da FGV-SP e conselheira do Instituto Smart City Business America, explica que, caso o GDPR seja aplicável, as empresas de internet deverão tomar as medidas cabíveis e que, caso não façam a adequação, multas que podem chegar a 20 milhões de euros, ou a 4% do faturamento global da empresa infratora, poderão ser aplicadas. “Em virtude das restrições impostas à coleta de dados pessoais, as empresas terão que  em muitos casos, readequar os seus modelos de negócio a essas novas regras, estabelecer políticas robustas de segurança cibernética e de privacidade, implementar mecanismos voltados à transparência de suas atividades e desenvolver campanhas publicitárias com o intuito de gerar confiabilidade, convencendo o usuário, assim, a disponibilizar uma maior quantidade de dados pessoais”, disse. No entanto, acrescentou, o maior desafio é o custo financeiro para que as empresas cumpram com toda a regulamentação. “Não basta que as companhias ajustem as suas políticas internas e implantem uma cultura de segurança e transparência; isso porque o GDPR prevê a adoção de medidas que exigem um investimento considerável, por exemplo, a designação de um ‘data protection officer’ e o desenvolvimento de negócios baseados no conceito de privacy by design”, explicou Fernando Bousso, advogado do Felsberg Advogados da área de tecnologia. Os ISPs que atendem outras empresas, provendo acesso à internet, hospedando sites, fornecendo serviços diversos ligados à internet, devem também orientar seus clientes para que, sendo o GDPR aplicável, eles deverão obter o consentimento expresso do cliente acerca dos dados e informá-lo a respeito de como os seus dados serão tratados, bem como funcionarão as medidas de alteração, transferência e exclusão de dados. Para Marques, ainda que seja pouca — ou quase inexistente — a divulgação e conscientização pelas entidades governamentais sobre os impactos do GDPR, sobretudo para as empresas localizadas fora da União Europeia, o GDPR impõe desafios relevantes às companhias brasileiras que ofertem serviços ou produtos aos indivíduos localizados na União Europeia (independentemente da cidadania do indivíduo), ou que monitorem indivíduos situados em países da União Europeia, por exemplo, para fins de mídia programática.   Ariane Maia, diretora-executiva da A²BI, lembra que quem trabalha com internet precisa estar por dentro do GDPR porque ele determina regras para o tratamento e processamento de dados do indivíduo. “Quando você é um provedor, você, de cerca forma, consegue rastrear o indivíduo, seja via IP ou outro indicador, mas isto ainda não torna o indivíduo totalmente identificado, mas cruzando com outras informações pode conseguir. Portanto, o provedor tem de ficar atento a não permitir que outros serviços viabilizem o cruzamento da informação que o provedor tem com um dado que possa se tornar pessoal”, disse.  A recomendação de Maia é atentar-se para não gravar dados que viabilizem a identificação do indivíduo. “Passamos de uma situação que não tínhamos tão claro os limites para uma situação que o GDPR tenta colocar barreiras para o uso de dados e que  indivíduo seja o senhor da sua informação.” Maia acrescenta que os ISPs precisam orientar seus clientes quanto ao uso do GDPR para não ter problemas junto ao órgão regulador. “O ponto mais importante é a atenção ao dado que está coletado, à formalização e à coparticipação de responsabilidade. Os provedores têm de se armar juridicamente para deixar claro até onde os ver que envolvem eles são usados para que a lei seja seguida”, ressaltou.   O consultor jurídico da Atos para América do Sul, Daniel Rodrigues Pinto, recomenda que todas as empresas de internet, especialmente provedores ISPs, façam um estudo completo de seus processos internos e serviços prestados, inclusive mediante contratação de consultores terceiros qualificados, para identificarem a necessidade de se adequarem a nova legislação europeia.Na qualidade de prestador de serviços, os ISPs devem ter especial atenção à responsabilidade que assumem perante o titular dos dados pessoais, uma vez que a responsabilização, diferentemente da lei antiga, também pode atingir os prestadores de serviços, destacou Rodrigues Pinto. Entenda o regulamento Os objetivos e principais pontos do GDPR tiveram como metas estabelecer regras adequadas ao mercado único digital, assegurar que cada um dos indivíduos controla os dados respectivos, com direitos e obrigações, e dando maior transparência, clarificação das condições de consentimento, portabilidade dos dados, direito ao esquecimento e privacidade, e prover uma estrutura de governança da proteção de dados moderna e eficaz. Houve reforço dos poderes das autoridades de proteção de dados e constituição de um comité europeu de proteção de dados. A autoridade de proteção de dados tem o papel de mediador evitando o recurso sistemático aos tribunais.   Leia especial sobre o assunto.

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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