Para CGU, Telebras investiu pouco na relação com os prestadores de Internet

29 de janeiro de 2019

por Ana Paula Lobo

Para CGU, Telebras investiu pouco na relação com os prestadores de Internet
A Auditoria Anual de Contas - com dados de 2017, feita pela Controladoria Geral da União, para julgamento posterior pelo Tribunal de Contas da União com relação à prestação de contas dos órgãos e entidades federais na governança pública - mostra que a participação da Telebras no mercado de provedores Internet regionais carece de melhorias, uma vez que a maior parte dos investimentos da estatal se concentraram no satélite geoestacionário. Muitos dos dados apurados na Auditoria do CGU foram suprimidos do Relatório, sob a argumentação que são informações sigilosas de natureza comercial e industrial, mas o relatório constata que um dos objetivos do Plano Nacional de Banda Larga era exatamente “massificar o acesso a serviços de conexão à Internet em banda larga” e, como se deriva da análise de participação do mercado e da distribuição geográfica dessa participação, há deficiência nessa tarefa de massificar o acesso ao longo das regiões mais necessitadas. O relatório também aponta que que a  presença física da Telebras tem potencial para interiorizar mais o acesso à Internet no Brasil, gerando a possibilidade de que provedores regionais possam ofertar seus serviços em municípios ao longo da rede disponibilizada pela estatal, sendo necessário para isso o investimento em infraestrutura de backhaul para permitir a interligação dos provedores regionais, mas essa possibilidade não foi devidamente explorada pela estatal como pode ser visto pelo baixo percentual de participação junto a provedores regionais, discutido anteriormente, e pela escassa capilaridade de municípios com disponibilidade de comercialização de acesso. projeto estratégico SGDC. A Controladoria Geral da União também identificou ainda outros pontos a serem tratados como dificuldades de geração de resultados positivos com o projeto SGDC, associadas à ausência de um direcionamento estratégico da Telebras, haja vista a não efetivação do seu planejamento de longo prazo”. Segundo ainda os auditores, “esse cenário é potencializado por fragilidades na gestão da força de trabalho relativas à contratação de empregados na modalidade ad nutum; falhas no processo de gestão de depósitos judiciais; vulnerabilidades de segurança da informação em soluções corporativas da Telebras; e escassez de informações em notas explicativas das demonstrações contábeis.

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