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Brasileiros das classes C, D e E seguem com acesso restrito à internet

26 de novembro de 2021

por Redação da Abranet

Brasileiros das classes C, D e E seguem com acesso restrito à internet
O uso da internet por brasileiros das classes C, D e E é restrito, apontou uma pesquisa encomendada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) ao Instituto Locomotiva. A conclusão do estudo é que isso prejudica o acesso a benefícios sociais ligados à educação, saúde, finanças e acesso a serviços assistenciais,  gerando insatisfação de consumidores e potencializando vulnerabilidades já existentes e provocadas pela pandemia de Covid-19.   O levantamento Barreiras e limitações no acesso à internet móvel e hábitos de uso e navegação na rede nas classes C, D e E  mostrou que 39% dos usuários afirmaram deixar de acessar políticas públicas por falta de acesso, sendo que 33% deixou de acessar serviços públicos e 28% tiveram dificuldades para acessar benefícios sociais, como Auxílio Emergencial.  Segundo Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, a pesquisa mostrou que o acesso à internet para todos é uma questão que precisa ser tratada como prioridade. A falta de uma infraestrutura básica para os mais pobres é, ressaltou Meirelles, um problema que acaba perpetuando ainda mais a desigualdade socioeconômica no Brasil. Aqui aqueles que mais precisam de acesso a serviços básicos são os que menos têm. Para aqueles que têm internet restrita a alguns apps, ou seja, ficam com rede disponível somente para acessar certos aplicativos, como Facebook e WhatsApp - o chamado zero rating - a porcentagem de privação no acesso à políticas públicas é ainda maior, 52%, em face de 30% do grupo que não sofre esse tipo de restrição na conexão. 45% dos que tiveram a internet bloqueada e ficaram restritos a alguns aplicativos deixaram de acessar serviços.  Em nota à imprensa, Camila Leite, advogada e pesquisadora do programa de Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec, apontou que o Idec busca mensurar as barreiras e limitações no acesso à internet móvel pelos usuários das classes C, D e E, expondo como tais implicações afetam direta ou indiretamente nos hábitos de uso de navegação na rede. A pesquisa, acrescentou, revelou que a escassez de acesso obstaculiza o exercício de outros direitos, como o direito à informação e ao acesso a serviços públicos. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de julho e 12 de agosto de 2021, com mil pessoas, homens e mulheres usuários de internet das classes C, D e E, proporcionalmente distribuídas de acordo com os parâmetros da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE). Os dados foram coletados via telefone, nas regiões metropolitanas de todo o país; devido à pandemia, a investigação não engloba a população que não é usuária de internet, assim como os usuários das classes C, D e E moradores de regiões remotas e rurais. A margem de erro da pesquisa é de 3,1%. No recorte analisado, o acesso à internet ocorre primordialmente pelo celular (para nove em cada dez respondentes da pesquisa) e, muitas vezes, por conexão móvel (44% dos internautas acessam à internet somente ou principalmente pelo 3G/4G ou igualmente pelo 3G/4G e Wi-Fi).  O estudo confirma e aprofunda dados obtidos em outras pesquisas, em especial a TIC Domicílios, realizada pelo Nic.Br e expõe um retrato da escassez digital, intensificado pelo atual modelo de negócios explorado pelas maiores operadoras do país - algo que se agravou no contexto da pandemia.  O recorte racial também traz dados alarmantes: internautas negros da classe C, D e E possuem uma experiência de acesso à internet móvel mais precária quando comparado aos mesmos internautas não-negros. Os dados revelam que usuários negros e pobres são os que mais contratam planos pré-pagos, conhecidos por serem planos com gigabytes mais caros e com franquia limitada.  Outro fenômeno identificado é o da prática constante de autoprivação entre a população negra e pobre. Nela, o próprio usuário, possivelmente conhecendo a impossibilidade de arcar e controlar o gasto com o pacote de dados durante todo o mês, impõe-se diversas barreiras no acesso à internet.  Diogo Moyses Rodrigues, coordenador do programa de Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec e um dos coordenadores da pesquisa, ressaltou que, mesmo precária ou limitada, a internet é fundamental para vida pessoal e profissional dos usuários das classes C, D e E, e o celular é o principal e muitas vezes único dispositivo de acesso desses usuários. Quanto mais vulnerável o consumidor, piores são os planos de acesso à internet, completou. Quase metade (47%) dos internautas da classe C, D e E já deixaram de fazer alguma transação financeira por falta de internet móvel, como uma transação bancária (43%) ou de ter desconto em uma compra via pagamento por PIX (29%), segundo a pesquisa. Esse tipo de restrição é ainda maior para aqueles usuários que experienciam internet restrita ao zero rating. Entre os usuários, 49% deixou de fazer transação bancária e 54% que deixou de fazer transação financeira por falta de 3G/4G. Indo além, 38% dos internautas da classe C, D e E deixaram de acessar serviços de saúde online por falta de internet móvel. Destes, 31% deixou de ter acesso a serviços de saúde como consultas online e 28% deixou de agendar exames - em um contexto de isolamento social e alta conectividade devido à pandemia. Restrições no acesso à internet também impactam na disseminação de desinformação. A maior parte, 56%, afirma já ter recebido fake news e quase metade, 49%, links maliciosos, revela a pesquisa. Como só tem acesso à internet por meio desses pacotes de dados limitados, essa população fica impossibilitada de buscar a veracidade de informações recebidas em jornais, sites e veículos de mídia que gastam os dados da franquia. Esse cenário complexo, que inclui o modelo de internet móvel de forma geral, mas também os planos com restrição a alguns aplicativos que limita as possibilidades de busca e checagem de informação, aponta, segundo os especialistas da pesquisa, para um contexto de acentuada desinformação das classes C, D e E e maior vulnerabilidade no ambiente virtual. O acesso contínuo à internet de qualidade é um direito essencial em um mundo cada vez mais conectado, sendo um meio necessário para o exercício de diversos direitos fundamentais. Isso porque, cada vez mais, produtos e serviços - incluindo serviços públicos - são adquiridos ou contratados por meio da internet.  Para Rodrigues, o contexto pandêmico salientou vulnerabilidades sociais, dentre elas o acesso à internet como um direito fundamental para a vida pessoal e profissional dos cidadãos.   Para acessar o relatório com a pesquisa completac clique aqui.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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