5G demanda envolvimento de ecossistema para sucesso de casos de usos

24 de maio de 2022

por Roberta Prescott

5G demanda envolvimento de ecossistema para sucesso de casos de usos
Os famosos casos de uso com baixíssima latência e incorporação de diferentes tecnologias, usando como base a conexão 5G, dependem da integração de soluções de diversos fornecedores de tecnologias. Ainda que a figura da operadora de serviço de telecomunicações seja a mais associada ao desenvolvimento de casos de uso de 5G, elas não conseguirão entregar isso sozinha.  O ecossistema em torno de 5G — com integradores de sistema, provedores regionais de internet, provedores de computação em nuvem, fornecedores de soluções de internet das coisas, entre outros — são fundamentais para o desenvolvimento e a implantação de novos modelos de negócios, o que levará à evolução esperada no segmento corporativo com a entrada da quinta geração. Foi isso que apontou uma pesquisa da IDC Brasil sobre o futuro do 5G no Brasil apresentada à imprensa na manhã desta terça-feira (23/05). Os resultados mostraram que os benefícios de 5G apontados pelas empresas ainda estão muito relacionados à conectividade e menos relacionados à transformação que 5G é capaz de produzir nos negócios.  Isso também fica evidente quando os entrevistados elencaram itens como latência, AR/VR, DSS (dynamic spectrum sharing) e SASE (security access service edge) quando questionados sobre a familiaridade de determinados termos tecnológicos ligados ao 5G e deixaram para trás aspectos que são intrínsecos à quinta geração, como ultra baixa latência, network slicing, multi-access edge computing e millimeter wave. Para Luciano Saboia, gerente de pesquisa e consultoria de telecomunicações da IDC Brasil, essa evidência do estudo aponta que as operadoras terão de preparar os clientes para realmente comprarem serviços de formas diferentes; e não apenas uma capacidade maior de conexão.  Fazemos um alerta de que esses aspectos do que 5G é capaz de fazer não estão tangíveis na cabeça das empresas e, por isso, podemos ter aquisições puramente de conectividade, que sabemos que não é o que traz o maior valor agregado, assinalou Saboia.   Provedores de internet  Apesar de a pesquisa não ter questionado o papel dos provedores de internet, Anderson Shintani, analista sênior de telecomunicações da IDC Brasil, explicou que, de maneira geral, a IDC enxerga um papel importante dos ISPs na conectividade no Brasil e tem conhecimento de que muitos vêm ofertando serviços de mobilidade 4G através de MVNO.  “Acreditamos que eles devem explorar o 5G, iniciando a exploração use cases para o B2B. Vemos, tanto os ISPs como as operadoras criando parcerias com outros players do ecossistema”, completou.  

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