Um em cada dez executivos C-level no Brasil nunca ouviu falar de ransomware

27 de fevereiro de 2023

por Redação da Abranet

Um estudo conduzido pela Kaspersky mostrou que um em cada dez altos executivos (C-level) no Brasil nunca ouviu falar de ransomware, enquanto outros 18% já ouviu os termos phishing, malware e trojan, mas não sabem explicá-los. Os resultados do levantamento mostram que a liderança, por vezes, tem dificuldade para entender o que os funcionários de cibersegurança dizem, seja por falta de conhecimento ou vergonha em demonstrar dúvidas. No cenário levantado pela Kaspersky, 21% dos executivos não relacionados com TI no Brasil dizem que não se sentiriam à vontade para sinalizar que não entenderam algo durante uma reunião com a área de segurança. Embora a maioria deles esconda a sua confusão (segundo a Kaspersky, porque preferem esclarecer tudo após a reunião ou optam por resolver sozinhos), 38% não fazem perguntas adicionais porque não acreditam que o time de TI seja capaz de explicar de uma forma clara. Além disso, embora todos os cargos de liderança questionados discutam regularmente questões relacionadas à segurança com gestores de TI, pelo menos um em cada dez gestores nunca ouviram falar de ameaças como ransomware (12%). Por outro lado, engenharia social (3%), malware (3%) e spyware (4%) são termos mais familiares para os executivos. Para Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, os executivos que não estão diretamente ligados à área de TI não têm de ser peritos em terminologia e conceitos complexos de cibersegurança — ao mesmo tempo, os chefes de cibersegurança devem ter esse cenário em mente quando comunicam com a direção da empresa.  Ele explica que, para que um CISO consiga manter a atenção dos C-levels, ele precisa mudar sua abordagem de comunicação, focando mais nas soluções que estão sendo implementadas ou que serão executadas. Detalhes técnicos devem ser evitados e reportados apenas para justificar as razões para decidir sobre uma ação em vez da outra. Mesmo assim, todo o “tecniquês” precisa ser simplificado para focar a mensagem que se quer passar, sugeriu.

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