O Banco Central do Brasil ampliou para 16 as instituições selecionadas para participar dessa primeira fase do projeto-piloto do Real Digital. Em maio, o BC havia divulgado que 14 instituições tinham sido selecionadas para colaborar com o desenvolvimento do Piloto RD.   Na 1ª Plenária do Fórum Real Digital,  o coordenador da Iniciativa Real Digital, Fabio Araujo, destacou que é por meio desse tipo do encontro que as especificidades do projeto serão debatidas com os diversos públicos envolvidos em sua implementação, como desenvolvedores de tecnologias, provedores de serviço de tecnologia da informação, instituições financeiras e outros órgãos reguladores, além dos servidores do BC envolvidos diretamente com a iniciativa.  A intenção é que as discussões sejam as mais democráticas possíveis. O Real Digital irá promover uma verdadeira revolução no Sistema Financeiro Nacional (SFN), disse Araujo, ao citar outras ações igualmente transformadoras capitaneadas pelo BC atualmente, como o Pix e o Open Finance.  A plenária detalhou as especificações da plataforma do Real Digital. Nesse momento, o primeiro passo é avaliar a programabilidade e a descentralização da plataforma do Real Digital. Depois, partiremos para os testes de validação e riscos. E, posteriormente, checaremos a viabilidade tecnológica negocial, ou seja, o produto final em si”, explicou a gerente de TI do Piloto do RD, Clarissa Souza. Nesse momento, não estamos buscando escala, mas sim uma interoperabilidade de redes e governança de vários ativos. A visão de longo prazo é permitir o uso das finanças de forma descentralizada, completou.  De acordo com Araujo, até meados de agosto deste ano, é esperado que os participantes consigam fazer os desenvolvimentos necessários. Para setembro, estão previstos os testes com o Real Digital e o real tokenizado. Para fevereiro de 2024, está previsto o teste do token dos títulos públicos. Dependendo do grau de maturidade do projeto, podemos testar algo com a população no final desse ano, completou.