A FecomércioSP e a ABLOS, Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings, assinaram manifesto contra a limitação da compra parcelada sem juros. A entidade paulista teme impactos nocivos à economia.“Esta modalidade de pagamento possui papel imprescindível no desempenho econômico do varejo nacional, atuando como um propulsor das inclusões financeira e social”, afirma Fábio Pina, economista da organização que, atualmente, representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.  Já a ABLOS, que reúne 115 mil lojas de pequeno e médio porte de 628 shoppings em todo país, sendo responsável pela geração de mais de 1 milhão de empregos, explica que o parcelamento sem juros no cartão é uma importante ferramenta utilizada pelos lojistas para manterem seus negócios, além de ser uma facilidade para a população brasileira que já tem essa opção dentro do seu hábito de consumo. “O assunto é extremamente sensível, por isso deve ser analisado com muita cautela. Taxar ou alterar essa modalidade vai afetar toda a cadeia de consumo, a economia e ainda pode gerar um alto índice de desemprego”, declara Mauro Francis, presidente da associação. O manifesto foi lançado no dia 23 de agosto, em defesa do parcelamento sem juros e da livre concorrência, assinado pela Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Academias (ACAD Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Sebrae e União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (UNIVINCO). Todas as entidades são ligadas ao setor de comércio e serviços e apoio ao empreendedorismo. O texto ressalta o risco que a extinção, taxação ou limitação da modalidade, que faz parte do hábito de 75% da população, representa. A adesão da Fecomércio-SP e ABLOS ao manifesto comprova a mobilização de todo o setor de comércio e serviços para salvaguardar o poder de compra do consumidor. A compra parcelada sem juros é uma necessidade da maior parte dos brasileiros, muitas vezes para comprar remédios, comida e outros itens de primeira necessidade. A compra parcelada sem juros deve ser mantida, sem alterações, finaliza Carol Conway, presidente da Abranet.