Maior Pix já feito até agora foi de R$ 1,2 bilhão

04 de setembro de 2023

por Redação da Abranet

Maior Pix já feito até agora foi de R$ 1,2 bilhão
Em menos de três anos de funcionamento, o Pix transformou a forma como os brasileiros fazem transferências e pagamentos. Em relatório divulgado, nesta segunda-feira (04/09), o Banco Central do Brasil aponta que, em dezembro de 2022, foram 2,9 bilhões de transações Pix contra 1,4 bilhão em dez/21, um aumento de 107% em um ano.  Com relação aos montantes, R$257,00 é o valor médio das transações entre pessoas físicas e de R$ 5,7 mil entre empresas; o maior Pix já feito foi de R$ 1,2 bilhão. Somados, o valor transacionado em dezembro de 22 foi de R$ 1,2 trilhão, superior aos R$ 718 bilhões transacionados em dez/21, um aumento de 67%. E mais: 93% das transações feitas por pessoas físicas são de até R$ 200,00 (considerando todas as transações desde o lançamento do Pix até dez/22). Com relação a chaves, 551 milhões é número de chaves registradas, detidas por 77% da população adulta e 67% das empresas com relacionamento vigente no Sistema Financeiro Nacional. São 133 milhões de pessoas e 11,9 milhões de empresas usando o Pix. Todos os dados são de dezembro de 2022.  O “Relatório de Gestão do Pix - Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022” traça uma radiografia do serviço de pagamento, apresentando toda a jornada percorrida para a criação e o lançamento do Pix. É feita uma contextualização nacional e internacional, são elencadas as razões que levaram o BC a desenvolver uma solução de pagamentos instantâneos, os objetivos públicos pretendidos e como se deu a construção do meio de pagamento. Considerando todas as transações desde o lançamento do Pix até dezembro de 2022, quase 61% delas foram inferiores a R$ 100,00, o que mostra que o Pix tem sido utilizado principalmente para transferências de valores mais baixos. Quando consideradas transações cujos pagadores são apenas pessoas físicas, 93,1% dessas ordens são abaixo de R$ 200,00, o que reforça a natureza de baixo valor desse tipo de transação.  Já considerando transações apenas entre pessoas jurídicas privadas, ainda há certa concentração na faixa até R$ 500,00, porém, já se nota uma contribuição maior de transações de valor mais elevado: 18,6% das transações têm valor a partir de R$ 2.000,00.  No relatório, o BC apontou que a intenção é que o Pix passe, efetivamente, a atender a situações e casos de uso ainda não cobertos e que aprimore a experiência de pagamento dos usuários. Entre as possibilidades de desenvolvimentos futuros, está o uso de outras formas de iniciação que permitam que o pagador esteja sem conectividade à internet para realizar transações Pix, o que tem potencial de ampliar o acesso e dar mais comodidade ao usuário, estimulando novas dinâmicas de uso e a substituição de meios de pagamento menos eficientes. Segundo o BC, há, ainda, espaço para estudar formas alternativas de iniciação de pagamentos, por exemplo, com uso de tecnologia por aproximação — NFC, RFID, bluetooth, biometria e outras.   A linha de evolução contempla ainda a possibilidade de estabelecer regras padronizadas que viabilizem a utilização de mecanismos de garantia vinculados às transações de pagamento, possibilitando que o Pix seja utilizado para pagamentos a prazo ou parcelados,mitigando o risco de crédito do recebedor em eventuais situações de inadimplência do pagador. O BC disse que vem acompanhando a oferta, por alguns agentes privados, de soluções próprias que, na experiência do usuário pagador, viabilizam o parcelamento com Pix. “O BC monitora a evolução desse mercado e o uso dessas soluções, podendo, futuramente, caso julgue necessário, decidir pela criação de um produto único ou pela definição de regras mínimas a serem observadas pelas instituições”, diz o texto.

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