Bain alerta empresas para se prepararem para a retomada de fusões e aquisições

31 de outubro de 2023

por Redação da Abranet

Bain alerta empresas para se prepararem para a retomada de fusões e aquisições
Após realizar entrevistas, a consultoria Bain soltou um alerta para o mercado dizendo que as empresas devem se preparar para a retomada de fusões e aquisições. A consultoria alertou que, se, no último ano, o mundo entrou em um cenário letárgico de fusões e aquisições, com valores e volumes de negócios bem abaixo dos máximos alcançados logo no pós-pandemia, os sinais do mercado agora são contraditórios. De acordo com a empresa, durante esse período, as avaliações de negócios caíram drasticamente e os bancos centrais aumentaram ou fizeram a manutenção de altas taxas de juros, enquanto o segmento de títulos sugere uma reversão iminente. As demissões aceleraram, porém o volume de contratações continua resiliente. A inflação desacelerou, embora persista. A tão temida recessão ainda não chegou oficialmente, contudo, os gestores já colocam em prática iniciativas com foco renovado na disciplina de custos. O valor global de fusões e aquisições caiu 44% nos primeiros cinco meses de 2023 e a  comparação com o ano anterior é discrepante, principalmente, pelos excelentes números do início de 2022, apontou a Bain. No Brasil, a queda no valor de negócios foi semelhante, chegando a 43%. No entanto, os tipos de negócios que sofreram maior redução são diferentes, acrescentou a conultoria. Enquanto por aqui os M&As estratégicos caíram 52% e os negócios alavancados caíram 31%, de forma global o alavancado perdeu 54% de seu valor, incluindo private equity, complementos de PE e capital de risco. Esses adquirentes enfrentam dificuldades para criação de valor em meio ao alto custo de alavancagem e acesso mais limitado ao financiamento, indicou a empresa. Com base nisso, cinco pontos foram destacados:  1- Os compradores ainda querem fechar negócios. Eles reconhecem que tempos de turbulência criam grandes oportunidades para melhorar a posição estratégica. No entanto, quase todos relatam dificuldades para fechar acordos. 2- Os vendedores acreditam em seus negócios. Ninguém quer ser aquele que vendeu com o mercado em baixa. As saídas de private equity secaram e os desinvestimentos corporativos diminuíram. 3- As condições variam muito conforme a indústria. Acordos de escala, particularmente em setores altamente regulamentados, como o de telecomunicações, estão em alta novamente. Mas há segmentos nos quais as equipes de negócios não conseguem nem sequer chegar a consenso sobre o desempenho básico dos últimos três anos. 4- Em todo o mundo, os esforços governamentais para conter as fusões e aquisições por meio de regulamentação e análises competitivas estão funcionando, o que gera  pouco movimento nas salas de reuniões onde as ideias de negócios são discutidas. 5- Ninguém acha que a era das fusões e aquisições acabou - vivemos agora uma pequena pausa. Os times têm trabalhado na estratégia de fusões e aquisições, triagem do setor e diligência como formas de preparar as companhias para agirem rapidamente assim que o mercado se abrir novamente.  

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