Complexidades tributária e regulatória atrasam transformação digital no Brasil

23 de fevereiro de 2024

por Redação da Abranet

Complexidades tributária e regulatória atrasam transformação digital no Brasil
O estudo ISG Provider Lens™ Digital Business Innovation Services 2024 para o Brasil, apontou o que muitos líderes de empresas do setor já sabem: as complexidades tributária e regulatória são barreiras para a transformação digital no País. De acordo com o autor do relatório, Gabriel Sobanski, isso torna o ambiente de negócios menos favorável para empresas que buscam investir em pesquisa e desenvolvimento. Em nota à imprensa, Sobanski destacou que a elevação da capacidade de entrega por parte das empresas de serviços em tecnologia deve ser constante para atender ao aumento da demanda, com estas empresas investindo em conhecimento e em um maior número de parceiros tecnológicos. Ao comparar o Brasil a outras partes no mundo, o estudo revelou a América do Norte como uma região desenvolvida que lidera a transformação digital tanto no setor privado quanto público, sendo os Estados Unidos como o berço de grandes empresas de tecnologia e inovação e o Canadá se destacando pela capacidade de inovação e pelo ecossistema de startups e empresas digitais. Uma das razões é que os governos desses países têm apoiado a transformação digital por meio de leis, incentivos e parcerias com o setor privado e a sociedade civil. No Brasil, diz o documento, o cenário dos serviços de inovação digital é bastante diverso e dinâmico. Muitas empresas brasileiras estão implementando uma estratégia de transformação digital, adotando estratégias e tecnologias modernas para impulsionar seu crescimento e competitividade. Segundo o estudo, aqueles que conseguem adotar e integrar essas tecnologias em suas operações têm maiores chances de se destacar e prosperar em um ambiente de negócios cada vez mais digitalizado. O relatório aponta que o governo federal publicou uma atualização da Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (E-Digital) para o período 2022-2026, com foco em seis eixos estratégicos: infraestrutura e acesso; pesquisa, desenvolvimento e inovação; confiança no ambiente digital; educação e capacitação profissional; cidadania e serviços públicos digitais; e transformação digital produtiva. No entanto, o Brasil ainda enfrenta alguns desafios. De acordo com Sobanski, um dos principais obstáculos é a escassez de mão de obra qualificada, que limita a capacidade das empresas de implementar e aproveitar plenamente as tecnologias emergentes. Ele enumerou ainda a baixa penetração da banda larga em algumas regiões do país como fator que dificulta o acesso universal à internet de alta velocidade, fundamental para o desenvolvimento de soluções digitais inovadoras.  Para o autor, superar esses desafios exigirá esforços coordenados do setor público e privado, incluindo investimentos em educação, infraestrutura digital e políticas que incentivem a inovação e a adoção de novas tecnologias.  

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