Mike Brock, CEO da TBD, unidade da Block focada em tornar o mundo financeiro descentralizado acessível a todos, defendeu, durante na coletiva de imprensa do Web Summit Rio, que “a ideia de que poderíamos ter um dinheiro nativo da Internet que não requer intermediários financeiros é uma ideia revolucionária”. Ele foi questionado sobre o papel que o Bitcoin desempenhará no futuro do mundo financeiro descentralizado. Brock, que foi responsável pela criação da Spiral, uma iniciativa independente e de código aberto focada em tornar o bitcoin a moeda preferida do mundo, disse continuar a acreditar que o Bitcoin permitirá toda uma classe de oportunidades para movimentar valor em todo o mundo, o que, segundo ele, simplesmente não é possível com os trilhos fiduciários tradicionais. “Mas também somos muito realistas em termos de perceber que há muita infraestrutura que ainda precisa ser construída para permitir o uso do Bitcoin como um ativo de nível institucional”, apontou.   Fazendo ressalvas, o executivo assinalou a falta de recursos nos pagamentos blockchain e deu como exemplo que quando se envia dinheiro para a carteira errada ou para um fraudador por engano, não tem nenhum recurso legal potencial. “Não há como recuperar esse dinheiro que cria muitos riscos de transação com Bitcoin”, ponderou.  Ao lado dele, a cofundadora e COO da TBD, Emily Chu, falou sobre as parcerias da empresa, enfatizando que estão resolvendo problemas difíceis em torno de identidade e confiança. Emily Chu contou o caso do Bankaya, um dos principais neobancos no México, que servem a perto de 2 milhões de cidadãos mexicanos anteriormente não bancarizados e mal-atendidos com tecnologias como tbDEX.