OTAN investe R$ 2 milhões para evitar ataques aos cabos submarinos na Europa

15 de julho de 2024

por Da Redação Abranet

OTAN investe R$ 2 milhões para evitar ataques aos cabos submarinos na Europa
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está financiando um projeto para garantir o funcionamento da Internet em caso de ataque a cabos submarinos em águas europeias. O projeto envolve pesquisadores dos EUA, Islândia, Suécia e Suíça. Seu objetivo é desenvolver um sistema para redirecionar automaticamente o tráfego da Internet de cabos submarinos para sistemas de satélite em caso de sabotagem ou desastre natural. Os trabalhos começarão no final deste mês com um simpósio na Universidade Cornell, em Nova York. O programa Ciência para a Paz e Segurança da OTAN concedeu uma subvenção de 400 mil euros ao projeto. O custo total do projeto é estimado em US$ 2,5 milhões. Além da subvenção da OTAN, as instituições de pesquisa participantes contribuem em espécie, o que inclui o uso de equipamentos, tempo de pessoal e outros recursos. O projeto foi aprovado recentemente e sua implantação começará em breve. Está sendo desenvolvido em um contexto de temores crescentes de que países hostis possam minar, romper ou de outra forma danificar cabos submarinos, perturbando as comunicações durante uma crise militar. Cerca de 10 trilhões de dólares em transações financeiras são realizadas diariamente através de cabos submarinos, e quase todo o tráfego da Internet da OTAN passa por eles. A OTAN intensificou os esforços para proteger os cabos nos últimos meses e, no ano passado, criou um centro para coordenar as melhores práticas para proteger a infraestrutura submarina, após a explosão do gasoduto Nord Stream 2, em Setembro de 2022. A pesquisa está focada no desenvolvimento de métodos para detectar distúrbios em cabos e acessar automaticamente satélites para redirecionar dados. Durante os primeiros dois anos, os pesquisadores testarão protótipos e desenvolverão um sistema funcional. Parceiros comerciais e governamentais também estarão envolvidos no projeto. Espera-se que os governos da Suécia e da Islândia demonstrem interesse em usar o sistema que está sendo desenvolvido no âmbito do projeto. Por exemplo, a Marinha Sueca e as agências governamentais da Islândia estão interessadas em usar este sistema. A empresa americana de satélites Viasat, a de tecnologia espacial Sierra Space e a islandesa de segurança cibernética Syndis também estão envolvidas no projeto. A Viasat pretende desenvolver tecnologias de satélite e comunicações ópticas capazes de redirecionar dados em tempo real em caso de interrupção das comunicações submarinas de fibra. A pesquisa também será realizada em um local de teste subaquático para cabos de alta tensão, perto da maior base naval da Suécia.

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