Abranet defende regulação indutora para inteligência artificial

14 de agosto de 2024

por Lucas Inácio Leal da Costa

Abranet defende regulação indutora para inteligência artificial
A inteligência artificial pode ser parceira do crescimento do Brasil, afirmou a presidente da  ABRANET, Carol Conway, ao apresentar a consulta pública sobre IA, realizada pela entidade em parceria com o Instituto Tecnologia e Sociedade, na edição 2024 do Rio Innovation Week, no Rio de Janeiro. “A gente não pode regulamentar a tecnologia em si. Então é ideal que ela seja principiológica ou indutora. Acho que a grande pergunta é: o que que a gente quer? A gente quer induzir como? Incentivos e novas capacitações. Temos que analisar o todo e ver como construir um projeto de lei que não fique velho, que não fique obsoleto”, disse. Essa reflexão é a essência da consulta pública O que queremos da IA, que desde junho deste ano recebeu 5,5 mil, tem 914 participantes inscritos e já soma 158 contribuições.  “É importante que as pessoas primeiro reflitam. A consulta está aberta, não tem prazo para se encerrar. Então é interessante que elas naveguem e reflitam, se coloquem neste lugar de quem está regulando. Nós estamos ansiosos para ter as contribuições da comunidade brasileira”, afirmou Carol Conway.  A pesquisa está sendo realizada por “eixos”, como Emprego e Trabalho” e Controle de Riscos”, para simplificar o recolhimento de contribuições e a chegada à conclusão do que a sociedade deseja para a nova regulação, que é mais complexa que o Marco Civil da Internet.  Atualmente, o mundo passa por um momento de corrida pela soberania da Inteligência Artificial. Todos os países estão investindo em pesquisas e estudos acerca da IA e a regulação está no centro do debate mundial. Segundo pesquisa do BCG, o Brasil está acima da média mundial quando se trata de conhecimento e uso de IA e a ABRANET acredita que a regulação não pode ser um fator limitador, ela deve agir como impulsionador da pesquisa, da capacitação e da evolução da tecnologia no país.

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