Kaspersky aponta que Brasil segue como o país mais atacado por ransomware na AL

14 de outubro de 2024

por Redação da Abranet

A Kaspersky bloqueou mais de 487 mil ataques de ransomware de junho de 2023 a julho de 2024 no Brasil, o que  representa 1.334 ataques por dia, segundo apontou o Panorama de Ameaças da Kaspersky de 2024. O número é  26% menor se comparado ao ano anterior, contudo, o Brasil segue como o país mais atacado na América Latina. A família de ransomware mais comum entre as vítimas brasileiras é a “Trojan-Ransom.Win32.Blocker”, que bloqueia e impede o acesso da pessoa ao computador. Trata-se de um tipo de trojan que modifica o computador da vítima para que ela não possa mais usar os dados ou impede que a máquina seja executada corretamente. Depois que os dados são bloqueados ou criptografados, o usuário recebe uma demanda de resgate, que solicita à vítima enviar dinheiro para tê-los de volta. Na América Latina, as tentativas de ataque de ransomware tiveram um aumento de 2,8% se comparado ao ano anterior e chegaram a mais de 1,1 milhão – 3.247 tentativas de ataques por dia. Depois do Brasil, os países com mais ataques foram México (285 mil), Equador (142 mil) e Colômbia (49 mil). Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina, avalia que, apesar de o Brasil ter apresentado uma queda no número de ataques ransomware, ainda se encontra em uma posição preocupante no cenário da cibersegurança. Assolini alerta que esse perigoso malware impede o acesso a dados importantes e exige resgates, podendo causar prejuízos financeiros e reputacionais para as empresas e por isso não se deve encarar essa redução como um sinal de alívio, mas, sim, como um alerta para intensificar a prevenção contra as táticas cada vez mais sofisticadas dos criminosos virtuais.    Outro destaque no panorama foi a interrupção do grupo LockBit na América Latina, que teve sua operação impactada nas agências internacionais de segurança – a Agência Nacional de Crimes do Reino Unido, o Federal Bureau of Investigation (FBI) dos EUA, a Europol e outras. O grupo era famoso por subtrair dinheiro de empresas ao roubar dados confidenciais e ameaçando vazá-los caso as vítimas não pagassem os resgates. Em alguns sites antes dominados pela gangue, já é possível ver a mensagem: “este site está agora sob o controle da Agência Nacional do Crime do Reino Unido, trabalhando em estreita cooperação com o FBI e a força-tarefa internacional de aplicação da lei, a ‘Operação Cronos’. 

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