Conscientização sobre as leis de privacidade aumenta a confiança dos consumidores na IA

01 de novembro de 2024

por Admin

A conscientização sobre as leis de privacidade aumenta a confiança dos consumidores na inteligência artificial. Segundo pesquisa da Cisco sobre Privacidade do Consumidor de 2024 (Cisco Consumer Privacy Survey), 53% dos entrevistados afirmaram estar cientes de suas leis nacionais de privacidade, um aumento de 17 pontos percentuais em relação a 2019. No Brasil, apenas 44% declararam estar cientes da LGPD. Os consumidores informados também são muito mais propensos a sentir que seus dados estão protegidos — 81% no Brasil e no mundo — em comparação com aqueles que não têm esse conhecimento (44%). Ao comentar os resultados da pesquisa, Harvey Jang, vice-presidente e Chief privacy officer da Cisco, destacou a importância da conscientização sobre privacidade na construção da confiança do consumidor nas marcas e em tecnologias de IA. “Quase 60% dos consumidores cientes das leis de privacidade se sentem confortáveis usando IA. Ampliar o conhecimento e educar os consumidores sobre seus direitos de privacidade os capacitará a tomar decisões informadas e promoverá uma maior confiança em tecnologias emergentes”,  disse Jang. A pesquisa revelou que 63% acreditam que a IA pode ser útil para melhorar suas vidas. O uso de IA Generativa (GenAI, na sigla em inglês) quase dobrou, com 23% dos entrevistados utilizando-a regularmente no mundo, contra 12% no ano passado. No Brasil, o uso regular é de 21%, próximo à média mundial que é de 23%.  Em contrapartida, 44% dos consumidores pesquisados ainda não têm conhecimento sobre a GenAI. No Brasil, são 57%. Embora os usuários afirmem estar obtendo um valor significativo da GenAI para apoiar o trabalho de criação de conteúdo, eles estão preocupados com a segurança, seu possível uso indevido e seus riscos sociais. Focando na privacidade, 30% dos usuários de GenAI no mundo afirmam que inserem informações pessoais ou confidenciais, incluindo dados financeiros e de saúde, em ferramentas de GenAI. Isso acontece apesar de 84% estarem preocupados com o fato de esses dados se tornarem públicos. A privacidade e a proteção de dados evoluíram de um tema relativamente obscuro para uma exigência dos consumidores, com mais de 75% afirmando que não comprariam de uma organização em que não confiam com seus dados. Isso se traduz em ações concretas, à medida que mais consumidores se tornam Ativos em Privacidade, especialmente os mais jovens. Para proteger sua privacidade, 49% dos consumidores entre 25 e 34 anos mudaram de empresa ou fornecedor devido às políticas de dados ou práticas de compartilhamento de dados, em comparação com apenas 18% dos idosos com 75 anos ou mais. A pesquisa revelou que os consumidores entre 25 e 34 anos são os mais cientes de seus direitos de privacidade (64% contra 33% dos idosos com 65 anos ou mais). Além disso, houve um aumento significativo (36% contra 28% no ano passado) na forma como os consumidores exercem seu direito de acessar, corrigir, excluir ou transferir seus dados pessoais por meio de Solicitações de Acesso do Titular de Dados (DSARs). Novamente, os consumidores mais jovens lideram, com 46% deles tomando essas ações, em comparação com apenas 16% dos idosos com 65 anos ou mais. Além disso, os consumidores estão utilizando ferramentas de segurança para proteger seus dados. Nos 12 meses anteriores à pesquisa, 67% revisaram ou atualizaram suas configurações de privacidade em aplicativos ou plataformas. 68% afirmam usar autenticação multi-fator (MFA) e 61% utilizam um gerenciador de senhas para proteger e controlar suas senhas. A Pesquisa de Privacidade do Consumidor da Cisco de 2024 é uma análise global anual das percepções e comportamentos dos consumidores em relação à privacidade de dados. Nesta 6ª edição, foram entrevistados anonimamente 2.600 consumidores na Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, México, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

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