América Latina e Caribe somam 3 mil fintechs

21 de fevereiro de 2025

por Redação Abranet

América Latina e Caribe somam 3 mil fintechs

As fintechs têm sido um dos principais impulsionadores da inclusão financeira na região. Desde 2017, a América Latina e Caribe registrou um aumento de 340% no número de fintechs no ecossistema financeiro, somando cerca de 3 mil fintechs operando em 26 países. Os números constam do whitepaper “A Nova Era da Inclusão Financeira na América Latina”, lançado pela Mastercard.


Além de ser um instrumento fundamental para aumentar a titularidade de contas, hoje, os serviços financeiros digitais oferecem vantagens substanciais, com 72% dos usuários relatando economia de tempo, 59% experimentando um melhor planejamento financeiro e 53% obtendo melhor acesso ao crédito.
 

O whitepaper mostrou ainda que 40% dos entrevistados de baixa renda relataram pagar mais da metade de suas despesas mensais em dinheiro, em comparação com 25% dos indivíduos de alta renda. Para resolver esse problema, a maioria das fintechs (80% a 90%) promove maior igualdade financeira por meio de soluções digitalmente acessíveis.


Segundo o estudo, atualmente, os bancos digitais dão mais poder às populações carentes, pois os proprietários de contas de baixa renda (35%) têm maior probabilidade de ter contas em bancos digitais em comparação com os entrevistados de alta renda (28%). Além disso, mais da metade dos entrevistados no Brasil (58%), Colômbia (52%) e Peru (55%) afirmam que as fintechs forneceram acesso a produtos financeiros que antes não estavam disponíveis para eles.
 

O relatório destacou também que cartões de débito e as contas financeiras são os produtos financeiros mais possuídos, sendo contratados por mais de 80% dos entrevistados. Os cartões de crédito (63%) e as linhas de crédito (34%) vêm em seguida em termos de popularidade, com os entrevistados relatando que os cartões de débito (50%) e os cartões de crédito (39%) tiveram o impacto mais positivo em sua qualidade de vida financeira.


Quatro em cada dez entrevistados de baixa renda ainda pagam mais da metade de suas despesas mensais em dinheiro. Embora 63% dos entrevistados continuem a depender de dinheiro em espécie para transações diárias ou semanais, o uso de métodos de pagamento digital está aumentando: 61% usam cartões de débito e 45% usam cartões de crédito para pagamentos diários ou semanais. Essa mudança destaca uma oportunidade significativa de digitalizar ainda mais os pagamentos em todos os níveis de renda.


Quase metade dos entrevistados disse que as fintechs lhes deram acesso a produtos financeiros que antes não estavam disponíveis. No Brasil (58%), Peru (55%) e Colômbia (52%), essas taxas são ainda mais altas. Mais de 28% acessaram sua primeira poupança ou conta de depósito por meio de uma fintech. O acesso a serviços financeiros digitais ajudou 75% dos entrevistados a usar menos dinheiro, 72% a economizar tempo em transações e 59% a planejar melhor suas finanças.


A adoção de criptomoedas, embora ainda emergente, atingiu 12% dos entrevistados, mostrando um interesse crescente em soluções financeiras alternativas.
 


 

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