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SXSW 2025: qual o resumo?

17 de março de 2025

por Redação The Shift

SXSW 2025: qual o resumo?

O SXSW chegou ao fim. Mais do que nunca, a conferência de 2025 serviu como um espelho de nossa desorientação e incerteza coletivas ao lidar com a IA e o ritmo acelerado do progresso tecnológico. O que explica, em parte, os parcos lançamentos típicos do evento (Twitter, Foursquare e Clubhouse que o digam) e a intensidade dos debates nos corredores.

Duas grandes questões:

1. Como preservar nossa humanidade ao mesmo tempo que abraçamos toda a mudança provocada pela IA?

2. Como não cair na solidão, uma das buzzwords do evento, e garantir a tão fundamental saúde social?

Cinco conceitos deverão ecoar em 2025, desde Austin: Living Intelligence, Skill Flux, Physical AI, Promptable brands e Agent Experience. E uma grande preocupação começa a se impor: em um mundo aonde a IA e outras forças sociotécnicas estão avançando rapidamente, os princípios de abertura e livre acesso a informações e recursos estão cada vez mais ameaçados, alertam vozes importantes da Internet aberta, dos dados abertos, e do código aberto.

O problema? A governança corajosa de que precisamos ainda é escassa. Lawrence Lessig, da Harvard Law School, foi claro: “Sem governança, a IA não é apenas um risco — é uma certeza de que perderemos o controle sobre seu impacto na sociedade.” Sobram conflitos de interesse em organizações que misturam lucro e privacidade, pontua Meredith Whittaker, da Signal. Como retomar o controle de nossas vidas digitais ao passarmos da economia de atenção para a economia de intenção?

Talvez a metáfora mais adequada para o momento seja o próprio SXSW, que agora enfrenta sua própria disrupção transformadora. O Austin Convention Center, com seu charme dos anos 90, será demolido em breve e substituído em 2029 por algo mais alinhado com os padrões contemporâneos. Uma transformação física que reflete as mudanças culturais que apareceram em Austin. Nos próximos quatro anos, porque o evento será obrigado a se descentralizar ainda mais pela cidade, devido às obras, uma boa parte do lado humano pode também se diluir: emoção, conexão, empatia, confiança, construção de ideias. O futuro da South by Southwest é nebuloso, como ainda é nebuloso o mundo pós-IA.

Até aqui, o SXSW continuou a incorporar o que significa reinventar e, ao mesmo tempo, preservar o caráter essencial — transformar sem perder sua alma. Como continuar? Talvez a chave seja reconhecer os pequenos passos que podemos dar para transformar não apenas nossas vidas, mas o mundo ao nosso redor e criar uma cultura de esperança”, conclamou Michelle Obama, no último dia de conferência. Mudanças pedem atitude e ação!

Os conceitos norteadores

O desenvolvimento da IA dominou muitas sessões, que se concentraram menos em suas especificações tecnológicas e mais em como nós, a sociedade, lidamos com ela. O guia prático, daqui por diante, deve considerar:

 

  • A Living Intelligence — Síntese de Amy Webb para a convergência da IA, sensores e bioengenharia, desaguando em sistemas biotecnológicos capazes de sentir, aprender, se adaptar e evoluir, sem necessariamente precisar da inteligência humana para funcionar. Esses sistemas provocarão saltos de inovação importantes com o uso da IA como fundação e dos metamateriais e da biotecnologia como matéria-prima.

  • O Skill Flux — O desafio organizacional mais profundo discutido não foi tecnológico, mas profundamente humano: como desenvolver habilidades que permaneçam relevantes à medida que a meia-vida das habilidades técnicas continua a diminuir? O conceito de Ian Beacraft da “Fluxo de Habilidades” capta nossa realidade atual: conhecimento técnico tem uma vida útil de 2,5 anos. A solução? Trocar a especialização pelo pensamento interdisciplinar.

 

Não é só um ajuste tático. É uma reformulação fundamental de como abordar o próprio conhecimento. Preparar todas as gerações, atuais e futuras, para a adaptabilidade como a competência mais importante, diante da rápida reformulação dos fluxos de trabalho gerada pela IA agêntica ao automatizar tarefas complexas, melhorar a tomada de decisões e aumentar a eficiência.

 

  • A Physical AI — “Esse é o momento no qual a IA rompe as grades e vai para o mundo real.” O momento no qual começamos a ver a IA indo além do software, materializando-se em robôs e máquinas que interagem com o mundo físico, explica Anirudh Devgan, da Cadence - uma declaração que inspira admiração e preocupação.

  • As Promptable Brands e a Agent Experience — Criar conexões significativas em um mundo no qual a atenção é escassa continua sendo um grande desafio. Principalmente agora que a mudança de UX para AX (Agent Experience) está redefinindo as interações digitais à medida que a IA assume um papel maior. Lembrando sempre que AX não é fazer UX para IAs, mas saber como projetar serviços que podem ser utilizados por IA, para, em última análise, estender e aprimorar a experiência do usuário final.

 

Uma ótima experiência de agente começa com uma ótima colaboração. A quantidade de chatbots interativos, que criam relações com os usuários, está crescendo. Ferramentas de IA generativas estão se tornando cada vez mais populares entre os consumidores quando se trata de comprar produtos e serviços. As marcas precisam estar preparadas para essa tendência e entender como alavancar essas ferramentas para aprimorar a experiência de compra de seus clientes, recomendou John Maeda.

 


Outros ecos de Austin

 

  • As redes sociais deveriam se transformar em ambientes abertos e descentralizados, em que os usuários poderiam “carregar” seus dados da mesma forma que mudamos de operadora de celular. Quem defende a ideia é Jay Graber, CEO da rede Bluesky, que vai na maré contrária ao que X e Meta estão fazendo.

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  • Treinar a IA com informações sobre células para criar células virtuais pode ser um avanço enorme para a Medicina, segundo Priscilla Chan, da Chan Zuckerberg Initiative (CZI). “Se pudéssemos ensinar um modelo de IA a ler imagens ao nível atômico e compreender o código molecular das células, teríamos um poderoso simulador de como a vida funciona”, afirmou. A ideia é mapear um bilhão de células para treinar IA. “O microscópio mudou tudo. A IA será o nosso novo microscópio”.

  • A Computação Quântica dominou vários debates, que enfatizaram sua aplicação prática. O Google está trabalhando no desenvolvimento de novos algoritmos para simulação de materiais, que podem acelerar a criação de baterias mais eficientes. “Imagine um mundo onde conseguimos projetar materiais perfeitos para cada aplicação, sem precisar testar milhares de combinações em laboratório”, disse Charina Choo, COO for Google Quantum AI.

  • Três gigantes do entretenimento — Paramount, ILM e Disney — estão usando IA, Realidade Virtual, Realidade Aumentada e outras tecnologias para moldar o futuro da indústria audiovisual. Veja como cada uma delas enxerga o que definem como “reescrever o storytelling”.

  • Genética ou estilo de vida? O que realmente determina quanto tempo vivemos? Nesta edição da SXSW, a discussão sobre a convergência entre tecnologia e medicina avançada incluiu os bom e velho poder do hábito. Porque não basta viver mais, é preciso garantir qualidade de vida, reforçaram os especialistas.

 

Rir ainda é privilégio humano

 

Imagem

Imagem divulgação @sesamestreet

 

Cookie Monster e outros personagens de Vila Sésamo (Sesame Street) circularam pelo SXSW 2025 tirando selfies e semeando sorrisos. A ação foi resultado de um dos eventos de networking da conferência, o Puppeteers Unite! Meet Up, que reuniu profissionais que trabalham com fantoches, criadores de conteúdo e pessoas interessadas em aprender o ofício.


 


Acesse o texto original, na íntegra, publicado por The Shift. Reprodução autorizada exclusivamente para a Abranet. A reprodução por terceiros, parcial ou integral não é permitida sem prévia autorização.


 

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    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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